Tradução da tradução (Peter Wortsman, o tradutor americano), mas mesmo assim aí vai. Da coletânea Telegrams of the Soul:
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No Volksgarten
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No Volksgarten
“Eu queria um balão azul! Um balão azul é o que
eu queria!
“Aqui um balão azul para você, Rosamunde!”
Foi explicado a ela então que havia um gás por
dentro que era mais leve que o ar da atmosfera, e por consequência disso etc
etc
“Eu queria soltar ele – “ ela disse, bem assim.
“Você não preferiria dar o balão àquela garotinha
pobre ali?”
“Não, eu quero soltar ele - !”
Ela solta o balão, e fica olhando ele, até ele
desaparecer no céu azul.
“Você não está arrependida agora que você não deu
o balão à garotinha pobre?”
“Sim, eu deveria ter dado o balão à garotinha
pobre.”
“Aqui outro balão, dê esse para ela!”
“Não, eu quero soltar esse também no céu azul!” –
Ela assim o faz.
Ela recebe um terceiro balão azul.
Ela vai até a garotinha pobre por conta própria,
dá o balão a ela, dizendo “Solte você, esse!”
“Não,” diz a garotinha pobre, olhando fascinada
para o balão.
Em seu quarto ele voou até o teto, ficou ali por
três dias, escureceu, enrugou-se e caiu morto, um pequeno saco preto.
E então a garotinha pobre pensou “Eu deveria ter
soltado ele lá fora no parque, para ver ele subir no céu azul, eu teria
acompanhado a subida, só olhando -!”
Enquanto isso, a garotinha rica consegue outros
dez balões, e uma vez o Tio Karl até compra para ela todos os trinta balões de
uma vez. Vinte deles ela deixa voar para o céu e dá dez às crianças pobres. A
partir daí ela absolutamente não tinha mais nenhum interesse em balões
“Esses balões idiotas -,” ela disse
A respeito disso Tia Ida observou que ela era
bastante avançada para sua idade!
A garotinha pobre sonhou: “Eu deveria ter soltado
o balão no céu azul, eu teria ficado olhando e olhando –!”
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