Um problema inescapável à toda crítica, independente de corrente filosófica, filiação estética ou estado de desenvolvimento intelectual, é algo que na verdade se deriva do egocentrismo: quando o crítico fala mal de certa obra, o protagonista da fala é o crítico, que fica acima do objeto comentado (aquém do sucesso em seus critérios, etc); quando o crítico fala bem da obra, o protagonista da fala (o foco do holofote) é a obra. E tem gente que tem uma preferência excessiva pelo protagonismo.
(claro que isto não quer dizer que todas as críticas negativas se expliquem por esta questão e sejam portanto sempre inválidas (eu mesmo já resenhei alguns livros e no final o saldo de avaliações foi negativo), mas às vezes é útil para entender algumas críticas que de outra forma são meio incompreensíveis: a pessoa parece estar se achando incrivelmente esperta por falar o que está falando?)
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